Os relatos de abuso sexual no metrô de São Paulo são recorrentes no feed de notícias das nossas redes sociais. Nos detalhados depoimentos, é possível notar que as vítimas – mulheres, na maioria dos casos – estão se sentindo cada vez mais ameaçadas quanto utilizam o transporte público e chegaram até a fazer um protesto no dia 5 de outubro.
Segundo o portal de notícias G1, mesmo com a campanha “Você não está sozinha” do Metrô, o número de denúncias passou de 10 em 2013, para 61 em 2014 e 62 em 2015, só até o mês de agosto. E foi pensando nisso que o desenvolvedor Renato Sanches criou um aplicativo que facilita a denúncia de assédio. “HelpMe” facilita na hora de organizar as informações para envia-las ao Metrô ou à CPTM, com informações como o número do carro e também uma sirene que alerta os outros passageiros sobre o abuso.
“Constantemente eu, meus pais, minha irmã e minha namorada víamos e ouvíamos as reportagens nos telejornais, no radio e na internet, as manifestações das mulheres, desabafos em redes sociais e, em paralelo, eu vinha estudando o mercado de mobilidade, foi quando tive um insight: ‘em uma situação de risco, as pessoas podem não ter tempo para digitar a mensagem e/ou lembrar o número do SMS Denúncia’”, disse Sanches ao Exame.com.
“HelpMe” está disponível para Android e iOS.
Recentemente, a jornalista Juliana de Faria Kenski criou a “Chega de Fiu Fiu“, plataforma que permite às mulheres denunciar o assédio sexual que sofreram não apenas no transporte público, mas em qualquer lugar do Brasil. A plataforma não possui nenhum tipo de alerta ou mecanismo para denúncia de emergência, mas certamente destaca um problema crescente na cidade de São Paulo.