SP, 12.12.15: Pink Floyd, David Gilmour e os clipes de animação

Já que a ideia é inspirar a nossa criatividade, aqui vai uma inspiração que por muito tempo sonhei em viver. Desde a minha adolescência, quando ganhei meu primeiro vinil do Pink Floyd – “Obscured by Clouds“, albúm de 1972, produzido para um filme françês, La Vallée -, comecei a entender que muito do rock progressivo que a banda produzia geralmente remetia a algum filme, clipe ou alguma coisa muito forte visualmente falando. Até porque, quem escuta o som obviamente já enxerga outras coisas: as letras são muito fortes e não é à toa que logo chegamos em “The Wall”, álbum duplo e o mais conhecido, tocado ao vivo de forma teatral e que depois foi adaptado para o cinema, dirigido por Alan Parker, contando a história de um superstar do Rock, Pink, baseado em Roger Waters, interpretado pelo músico e ator Bob Geldof, da banda punk The Boomtown Rats.

Veja um trecho do filme:

Aonde quero chegar? Quem assistiu ao filme pode não concordar comigo, mas um dos trechos mais lindos é a animação de “Gerald Scarfe”, em que duas flores copulam e, daí pra frente, é pura piracão. A união da música com a animação de fato faz a diferença.

Vale relembrar!

 

Corta para 12.12.15: eu realizando meu sonho, no segundo dia do show do David Gilmour em SP, no estádio novinho do meu querido Palmeiras. Segundo reportagem do UOL e post na fanpage do próprio Gilmour “foi o melhor show de David Gilmour já feito”, escreveu Marc Brickman, iluminador, diretor, produtor e designer da turnê do artista. E eu estava exatamente nesse dia!

 

O show foi lindo, melhor impossível. Gilmour e sua banda estavam inspirados e o público nem preciso dizer. Três músicas me chamaram a atenção pelo clipe de animação, e por isso resolvi fazer esse post. A primeira foi “Rattle That Lock”, música que dá nome ao atual álbum e turnê da banda. Ela tem o clipe produzido pela Trunk Animation e dirigido por Alasdair + Jock.

 

O segundo clipe é da música “The girl in the yellow dress”, música que no show serve para dar um respiro e quebrar o gelo no segundo set. O vídeo foi produzido pela Ornana Films.

 

O terceiro e último clipe foi o que mais gostei. Diferentemente dos acima, que foram produzidos para suas respectivas músicas, este foi produzido como um curta-metragem de animação, “Confusion Through Sand”, dirigido por Danny Madden, também da Ornana Films, que participou da seleção oficial do Festival SXSW 2014, do Festival de Hiroshima 2014 e ainda venceu o Animation Block Party 2014. Sabiamente, David Gilmour comprou os direitos para usá-lo no seu show para acompanhar a música “In any tongue”, (“Em qualquer língua”, em tradução livre).

Veja abaixo o curta metragem e o making of da animação e, lá em cima, a união da música com o filme.

Sobre o autor
- Diretor geral da produtora Reclame Editorial Content e do Inspirad. Pai de duas meninas lindas, gaitista blues, fã de artes marciais, do Tarantino e esgrimista (sabre, por favor).