Em semana do South by Southwest, todas – ou boa parte das mentes que pensam em inovação – estão reunidas na cidade de Austin, Texas. O evento certamente apresenta um apanhado incrível de informações para quem gosta de ciência, tecnologia e informação, mas, principalmente, sobre como estaremos ouvindo os pássaros cantarem daqui a alguns anos. E não se assuste: o futuro pode ser muito divertido.
A inovação vai muito além de um evento que acontece – seja ele em qualquer lugar que aconteça. A inovação tem que fazer parte de uma decisão pessoal de cada indivíduo em buscar novas possibilidades. Eu poderia citar aqui inúmeros projetos inovadores que utilizam tecnologia como pilar e estão sendo apresentados no #SXSW.
Porém, não precisamos ir muito longe. Basta citar a história de pessoas aqui mesmo no Brasil: quantas vezes a iniciativa de gente muito simples, que toma a decisão de colocar a família em cima de carroça e partir em busca de novas oportunidades, na cidade grande, porque quer vencer na vida. O que faz a diferença, em todos os cenários, é a força da ação. É parar de observar o mundo a sua volta e reclamar de verba, prazos e condições e fazer: o chamado “colocar a mão na massa”.
Já tive contato com alguns projetos de inteligência artificial, realidade virtual e realidade aumentada. E a conclusão a que cheguei é que estamos vivendo, hoje, um laboratório do que, de fato, serão essas tecnologias. O que, realmente, vai revolucionar o mundo em que a gente vive é a atitude individual de cada um. Seja ela adquirindo um desses drives tecnológicos e os inserindo no seu dia-dia, criando e desenvolvendo projetos para essas novas plataformas, ou simplesmente tomando um café da manhã em uma padaria nova, aquela toda orgânica.
Para inovar, é preciso criar um modelo de trabalho que permita que a inovação dentro de casa gere disrupção imediata, seja ela através da tecnologia, condições do mercado, comportamento humano ou pela cultura popular. Trabalhar com inovação é simplesmente não estar fechado ao novo, porque hoje a tecnologia exponencial se faz presente no nosso dia-dia, e mais do que nunca, tudo muda, o tempo todo. Temos que estar preparados para essas mudanças, não ter medo, e aceitar que o mudar faz bem.
A rotina e o medo são as piores e mais perigosas armadilhas para quem quer realizar um projeto inovador, assim como as conhecidas tendências póstumas. E se ficamos presos e preocupados em como será o futuro, nunca vamos ser agentes protagonistas dessas mudanças.
Graças às redes sociais e a esse mundo novo a informação está aí ao alcance de todos e hoje não é mais preciso ir a Austin para estar lá, e fazer projetos inovadores. Basta ter coragem pra se libertar viver, amar, como canta Hyldon em “Na Sombra de Uma Árvore”. O que precisamos estar cientes, eu e você, é que essa árvore certamente será construída por meio da realidade aumenta e você vai ouvir os pássaros cantando em um escritório em Manhattan.