Como tornar uma cidade mais atraente?

Por que gostamos de algumas cidades e odiamos outras? E por que adoramos cidades tão distintas, com pouquíssima coisa aparentemente em comum? Foi tentando responder perguntas como essas que o The School of Life – um excelente canal do YouTube, que vale a pena conhecer – publicou o vídeo “How to make an attractive city” (“Como fazer uma cidade atrativa”, em tradução livre).

Por meio de animação e seis “razões principais” definidas após estudos, o filme ilustra não só as formas mais práticas como se desenvolver um ambiente urbano, mas ajuda a explicar, de forma pragmática e com exemplos bem convincentes, o que nos gera simpatia naquelas que amamos.

Vale muito a pena ver o vídeo. Mas se a vida estiver muito corrida, aqui vai um resuminho despretensioso das razões principais:

1- Não muito caóticas, não muito ordenadas: a união de padrões e uma pitada de desordem fazem uma combinação urbana quase perfeita. Tudo igual cansa, e tudo bagunçado afasta, mas um pouco de cada geram uma interessante harmonia.

2- Vida visível: espaços muito amplos e vazios, sem pessoas ou coisas acontecendo, se tornam frios e ainda mais inóspitos. Ninguém gosta de aglomerações gigantes, mas locais ativos são mais convidativos que os inteiramente vazios.

3- Compactação: Isolação extrema é coisa do passado. As pessoas precisam estar mais conectadas, mesmo mantendo seu espaço privado garantido. Praças como uma extensão de sua casa são uma ótima área de escape nesse sentido – por isso as europeias fazem tanto sucesso.

4- Orientação e mistério: Um balanço entre grandes avenidas e pequenas vielas gera um grande interesse nos visitantes de uma cidade. Ter facilidade de locomoção é fundamental, mas encontrar alguns becos misteriosos e “se perder” em locais curiosos é sempre bem vindo (quando você não precisa se preocupar com a segurança, claro).

5- Escala: É interessante como os maiores prédios de algumas cidades são estritamente comerciais, e outros são ligados a cultura. No segundo caso, tratam de cidades como Londres, Paris, Amsterdã e Berlim – o que mostra que esse é provavelmente o caminho mais promissor.

6- Torne isso local: Ninguém quer tudo igual em todos os lugares do mundo. Especificidades locais ajudam – e muito – cada destino ser particularmente charmoso e interessante. E a arquitetura, tanto em suas formas quanto nos materiais adotados, pode e deve refletir detalhes da cultura local.

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