“Dior and I”: criatividade, pressão e capacidade de superação
O filme “Dior and I” acompanha o estilista Raf Simons durante oito semanas: o tempo entre a sua chegada à Dior, como novo diretor de criação, e o seu primeiro desfile para a grife. Metade do tempo usual para a elaboração de uma coleção.
A expectativa era enorme, pois não se tratava de qualquer coleção. Seria o primeiro grande desfile da emblemática marca após a polêmica demissão de John Galliano (que foi desligado da grife por declarações anti-semitas num vídeo que vazou na internet).
Mais do que um filme sobre moda, trata-se de uma obra sobre criatividade, pressão e capacidade de superação. Um processo criativo muito semelhante ao publicitário, com briefing, criação e produção num ritmo frenético e com um prazo de entrega sem margem para erros: tudo é feito no tempo exato para que a coleção fique pronta no dia do desfile.
O desfile em si é uma obra de arte inspirada em outra: o impressionante “Puppy”, de Jeff Koons (veja a imagem abaixo). Depois de assistir a esse filme, qualquer criativo sai revigorado, inspirado e pronto para nunca mais reclamar de falta de prazo com nenhum cliente.
*Nota do editor: O filme ainda não está em cartaz no Brasil, mas é possível acompanhar a data de lançamento e os locais de exibição (no mundo todo) pelo site do longa.
A obra Puppy, de Jeff Koons, que inspirou a coleção mostrada no documentário
Raf Simons durante a elaboração do trabalho
