Antes de mais nada, um jabazinho: a Accenture acaba de se tornar patrocinadora master da cobertura do Reclame em Cannes. Sejam bem-vindos ao Cannes Social Club. É bom demais ter gente responsável como vocês, a Corazón Filmes, a Escola Cuca e a Lucha Libre Audio por aqui.
Amigues, acabei de ver os 35 finalistas da categoria Innovation Lions. Coloquei um link com todos os cases no final dessa matéria.
Quinze países estão no shortlist e o Brasil tem só um projeto: Teatro Para Todos Os Ouvidos, experiência para deficientes auditivos que coloca legendas num espetáculo de teatro, usando celulares e óculos de VR. Parabéns, Samsung e galera da Leo Burnett.
Agora, de 17 a 19/6, as agências tem que apresentar suas ideias por 20 minutos ao vivo no palco, num formato Show de Calouros, infelizmente sem Pedro de Lara, Aracy e Décio Piccinini, mas com um júri também muito exigente.
E o Cannes Social Club, honrando Nelson Rubens, descobriu que o palco do Palais terá alguém que já passou pelo crivo do Silvio Santos. Okey, okey. Quem será?
É o carioca Bernardo Romero, ex- Africa São Paulo e atual VP e Diretor de Criação da Area23 NY, agência de healthcare da FCB. Antes de ser publicitário, o cara participou do programa Casa dos Artistas 3 no SBT.
Naquela edição, Silvião inventou uma temporada com artistas e fãs. Romero se inscreveu como fã da Luiza Ambiel, a gata da banheira do Gugu. Acabou o programa com o 2o lugar e uma treta eterna com Agnaldo Timóteo.
E se você estiver lendo isso, Agnaldo – e eu sei que você está – esquece essa mágoa. Perdoa o Bernardão.
Além de acostumado com os holofotes, Bernardo está bem na fita. Sua agência colocou 2 dos 7 finalistas da subcategoria “early stage” do Innovation: ITBra e Anti-Trafficking Exam.
Eu conversei com ele, inconvenientemente interrompendo o ensaio da apresentação de um dos cases e da palestra que ele vai fazer no Lions Health (jabá mais abaixo).
“Inovação pra mim é desenvolver tecnologia para resolver um problema. São ideias que levam muita pesquisa e muito suor. Então, chegar a finalista é um privilégio”, acredita Romero.
Este colunista pede licença para engrossar o coro e levantar uma peteca.
Inovar é fazer o que nunca foi feito. Ou achar uma solução para algo que nunca tinha sido resolvido. Ou os dois.
Mas dá uma olhada no shortlist e vê se não tem várias tecnologias que já existiam, ideias que fazem o que já era feito. Inovar não é “só” facilitar. É “também” facilitar. E eu não sei porque estou usando aspas, mas enfim.
Mas o Bernardo está certo em dizer que tem muita coisa legal. E entre as que eu mais gostei estão essas aqui:
AutoDraw, Google Labs USA. O Google tem 3 finalistas e esse é disparado o mais simples. Você faz um rabisco tosco de qualquer coisa e o programa desenha direito pra você. E é mais útil do que você imagina.
Autonomous Broadcast Network, ShotTracker/Keemotion com R/GA NY. Duas startups podem ter começado uma revolução na transmissão de eventos esportivos. E usando só duas câmeras-robô e computadores.
Phone Bank, Une, Grey Colombia. Transformaram os velhos orelhões – ou telefones públicos, para os amigos de pavilhão auricular avantajado não se sentirem ofendidos – em bancos para população de baixa renda mudando quase nada nos aparelhos.
E se você quiser assistir o case mais sincero da história, veja o bom Air Ink, da Marcel Sydney para Heineken. Os caras contam que não inventaram nada, só acharam uma invenção incrível e um jeito diferente de usá-la.
E você, quais os seus favoritos para leão de Innovation desse ano?
ASSISTA TODOS OS FINALISTAS DO INNOVATION LIONS AQUI:
FABIO SEIDL
O Fabio Seidl é coisa nossa. Mas que vai, vai. Mas que vai, vai.