Morre Washington Olivetto, gênio da publicidade brasileira, aos 73 anos

Washington Olivetto, um dos maiores nomes da publicidade mundial, faleceu neste domingo (13), aos 73 anos, no Rio de Janeiro, após quase cinco meses internado por complicações pulmonares. 

Conhecido por sua criatividade e inovação, Olivetto foi o publicitário mais premiado do Brasil, acumulando mais de 50 Leões em Cannes e sendo o único latino-americano a ganhar um Clio. 

Amante da vida e de suas paixões, como a família e o Corinthians, Olivetto também era um excelente contador de histórias, eternizando sua trajetória em livros e campanhas publicitárias que marcaram o Brasil.

Relembre alguns dos trabalhos mais importantes de Washington Olivetto para a publicidade brasileira:

  • Garoto Bombril:

Foi em sua passagem pela DPZ, ao lado do diretor de arte Francesc Petit, que o publicitário criou o personagem que marcou a publicidade brasileira, o Garoto Bombril. A campanha da Bombril estrelada por Carlos Moreno foi digna de um record registrado no Guinness Book em 1994, como a propaganda que se manteve mais tempo no ar com o mesmo ator.

  • Primeiro Sutiã

“O Primeiro Sutiã a gente nunca esquece” foi um comercial da Valisère, criado pelo publicitário em 1987 já na agência: W/GGK. Se tornou um dos mais relevantes da história da publicidade brasileira pois abordou temas como a feminilidade e a puberdade em uma época onde não se tinha muita abertura para esses temas. Esse comercial chegou a entrar na lista dos 100 maiores do mundo.

  • Cachorrinho da Cofap

Um outro personagem criado por Washington Olivetto que deixou sua marca na história da publicidade brasileira foi o cachorrinho da Cofap, marca de amortecedores. O comercial foi exibido entre a década de 1980 e 1990.

  • ‘Hitler’

Um outro comercial de Washington Olivetto entrou na lista dos 100 maiores do mundo: Hitler. Criado para a Folha de S.Paulo em 1987, se tornou um dos mais polêmicos da história da publicidade. O vídeo traz uma narração que cita diversos feitos positivos para a Alemanha, no fim, a imagem de Adolf Hitler aparece, junto com a mensagem: “É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade”. A intenção era alertar sobre o poder de manipulação na comunicação.

  • O homem de 40 anos

Criado pela DPZ para a Companhia Nacional de Propaganda, o famoso comercial “O homem de 40 anos” abordou o tema do etarismo muito antes de esse termo se popularizar. A campanha começou como um anúncio de jornal no Dia do Trabalhador, em 1º de maio de 1975, chamando a atenção para a discriminação de profissionais mais velhos em processos seletivos, que favoreciam candidatos jovens. O sucesso foi tanto que o anúncio foi adaptado para a TV e acabou inspirando um projeto de lei, influenciando mudanças nos anúncios de vagas. O trabalho rendeu à agência e a Washington Olivetto um Leão de Ouro em Cannes.

  • Democracia Corinthiana

Corinthiano fanático, Washington criou em 1981, década em que a ditadura militar acontecia no Brasil, um dos movimentos mais marcantes para o Corinthians e para a política brasileira, o Democracia Corinthiana. Naquela época, ele ocupava o cargo de vice-presidente de marketing do clube. A ação é lembrada e vivida até hoje pelo time e seus torcedores.

Morre Washington Olivetto, gênio da publicidade brasileira, aos 73 anos

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