O post de hoje é uma pílula sobre o pleonasmo Amor e Liberdade – ambos assim, com letra maiúscula, como tudo o que tem vida própria.
Como quem escreve, vou me localizar: acredito no Amor como alimento, acredito no ciclo e no tempo. Penso que amar é um ato político. Tudo o que está entre os indivíduos é política e exige ética. Acredito também que o amor genuíno é o alimento da Liberdade, da vida plena, da vida autêntica. Só sei amar se for pra aumentar e ser aumentada.
Quando duas pessoas se amam genuinamente, acredito, o Amor delas não tem fim. Tem fases. O Amor, se continua nutrindo a pessoa que ama e o ser amado, se ajuda as pessoas envolvidas a serem mais plenas em suas jornadas, sempre espera o novo momento do encontro. O amor genuíno morre para renascer de outras formas, modos e pessoas, às vezes.
Esse imaginário de Amor – monogâmico ou não – pede por indivíduos que não exijam do outro obrigações e demandas do próprio ego. Como diz Jetsunma Tenzin Palmo, em entrevista a Gustavo Gitti:
“O apego diz: eu te amo, por isso eu quero que você me faça feliz. E o amor genuíno diz: eu te amo, por isso quero que você seja feliz. Se isso me incluir, ótimo! Se não me incluir, eu só quero a sua felicidade.”
Ou, como diz Gilberto Gil na voz dos Doces Bárbaros:
O seu amor: ame-o e deixe-o ser o que ele é.
Juntando os dois:
O seu amor: ame-o e ajude-o a ser o que ele quer ser.