Reflexo das telas: 68% dos millennials têm “distúrbio do olho digital”

Você também fica o dia todo olhando para alguma tela, não fica? Televisão, computador, celular, tablet, relógio, e-reader ou qualquer outra tela – sempre que você presta atenção, está de forma voluntária ou involuntária acompanhando alguma delas. Então saiba que você está colocando a saúde dos seus olhos em risco – e isso não é um achismo.

O Vision Council, conselho formado pelos principais players da indústria ótica dos Estados Unidos, divulgou um estudo mostrando que aproximadamente 68% dos millenials sofrem de “digital eye strain” (“distúrbio do olho digital”, em tradução livre).

O levantamento mostra que 37,4% dos millennials (nascidos entre 1981 e 1996) fica mais de nove horas por dia de olho em alguma tela, e cerca de 32% da “Geração X” (nascidos entre 1965 e 1980) têm a mesma rotina. Nos jovens e crianças (nascidos a partir de 1997), 15% não tem nenhuma restrição para ficarem o dia todo ligados às telas. O levantamento foi feito por meio de 110 mil entrevistas distribuídas de forma balanceada entre o território dos Estados Unidos.

Esse distúrbio tem como sintomas o desconforto ocular após duas horas ou mais observando uma tela, causado especialmente pela falta de lubrificação no olho: ao ficar “vidrado” na tela a partir de curtas ou médias distâncias (como a que você provavelmente está ao ler este texto), o olho pisca muito menos, o que impede que a pálpebra lubrifique o globo ocular. Os sintomas são irritação dos olhos, visão embaçada, olhos “cansados” e dores de cabeça provenientes da exposição prolongada, além de dores nos ombros, pescoço e costas por conta de uma postura incorreta.

Também há a exposição prolongada à frequência de luz “azul” HEV (high-energy visible), que emana das telas. A frequência, mais próxima dos raios ultra-violeta, provoca danos a células da retina, responsável por processar as cores. A retina não pode ser substituída ou reparada.

Frequência HEV é a mais próxima do ultravioleta

Frequência HEV é a mais próxima do ultravioleta

Como se proteger

Não podemos evitar a luz azul ou a superexposição, mas é possível nos proteger de parte dos danos. Arrumar a iluminação exterior à tela, como do seu escritório ou sala, ou a distância entre você e seu computador, por exemplo, são algumas das ações que podem mitigar o reflexo dessa superexposição. Filtros na tela ou mesmo óculos e lentes especiais podem ser recomendados por oftalmologistas.

Tirar os olhos da tela e observar um campo aberto de tempos em tempos também podem ajudar a “regular” a distância focal.  O instituto chama isso de “20-20-20 break”: a cada 20 minutos, tire 20 segundos para olhar algo a mais de 20 pés (6 metros) de distância.

Pouca luz externa, distância incorreta e foco ininterrupto: você está fazendo isso errado

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Reflexo das telas: 68% dos millennials têm “distúrbio do olho digital”

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