Salvando rinocerontes com monitoramento cardíaco e microcâmeras

 

A caça de rinocerontes é um problema gravíssimo na África do Sul e demais habitats deste animal. Mesmo em extinção, os rinocerontes são impiedosamente caçados por conta do alto valor de seus chifres e couro – e não dá para monitorar uma selva inteira sem perder algum deles de vista. Mas o projeto britânico Rapid (Real-time Anti-Poaching Intelligence Device), desenvolvido pela ONG Protect, visa mudar isso.

O projeto consiste em instalar um sistema de monitoramento dentro de cada rinoceronte. Com um pequeno furo, instala-se uma microcâmera no chifre do mesmo, para ter a mesma visão do animal – que também terá as suas batidas cardíacas e ritmo respiratório monitorados, bem como um device com GPS para ser encontrado na selva. Caso qualquer um desses itens tenha “bandeira vermelha” – ou seja, alteração brusca que indique perigo -, as autoridades são imediatamente alarmadas e já sabem como e em que condição está o animal.

Mais de 1,2 mil rinocerontes foram mortos na África do Sul no último ano, apesar da segurança também estar sendo reforçada com vigilância por drones e implante de microchips. O protótipo do Rapid deve sair em 2016 e, de acordo com uma entrevista de seus idealizadores ao The Verge, é mais eficaz do que essas medidas justamente por monitorar o stress do animal, podendo ver em tempo real quando que ele está em situação de perigo.

 

Salvando rinocerontes com monitoramento cardíaco e microcâmeras

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