Sobre os versos que compomos na estrada
As músicas dessa banda para mim são como filme. Elas são visuais, são táteis, chegam até ter cheiro.
Acabei de achar um e-mail que mandei pra eles quando comecei a produzir esse EP. Tentando explicar o que queria fazer com a música, me deparei com o texto a seguir, uma explicação muito mais visual do que sonora de uma produção.
Bom, o eles acreditaram na minha loucura! Ouçam o resultado, espero que gostem e que te inspire para um ótimo fim de semana.
“Em 3 de agosto de 2015 15:52, Lucas Mayer <lucas@dahouseaudio.com> escreveu:
O casal está um em cada parte do mundo. Nesse momento eles não estão se falando, mas ela lembra de uma ligação que ele fez. E isso somado, compõe a canção: ela com a lembrança da voz dele ao telefone e ele solitário de algum lugar distante. Imagéticamente ela está em nossa visão, então está presente na mesma sala em que o ouvinte, já ele está distante, mas não perdendo o impacto do que fala, mas com uma textura que indique isso. Podemos permear isso tudo com um arranjo de Baixo Acústico, Sanfonas e Flugel Horn, que entra após o primeiro refrão e vai até o final do segundo – e logo após voltamos ao telefone e à lembrança dela. Após o primeiro refrão, entramos na parte mais louca, pois temos uma ponte entre eles através da ligação do telefone, como um túnel. E finalmente eles se encontram… mas era um sonho, uma lembrança na cabeça dela e voltamos para a voz dele ao telefone.
Beijos”