O Google está levando realmente a sério a ideia de levar os benefícios do big data e de direcionamento da mídia online para o ainda tradicional mercado de TV. A gigante americana começa a testar, por meio do Google Fiber – operação própria de serviço de internet e TV por assinatura que funciona em alguns mercados dos Estados Unidos –, uma maneira de oferecer o espaço publicitário de forma personalizada na tela da sala de seus consumidores.
A intenção do Google é levar alguns dos principais filtros disponíveis na internet para a TV, principalmente as preferências de “navegação” do usuário. Portanto, alguém que estivesse assistindo a um programa de moda antes de um jogo de futebol veria em sua tela um comercial diferente de alguém que zapeasse por um programa de jardinagem, por exemplo – mesmo que ambos, no final, estivessem sintonizados à mesma atração e na mesma região.
Além de oferecer um serviço cada vez mais personalizado, o Google começa a bater de frente com gigantes como a Nielsen, principal responsável pelos números de audiência nos EUA, que ainda usa técnicas semelhantes às praticadas no Brasil pelo Ibope para medição – com aparelhos instalados em algumas residências para colher dados sobre os programas assistidos. Outro benefício prometido pelo Google é o de cobrar por comerciais realmente visualizados, e não apenas os veiculados da forma tradicional – outra herança do modelo de internet.
Caso o sistema se mostre realmente efetivo, este certamente será um grande passo rumo à aplicação das mais recentes evoluções de mídia online para a televisão, como a compra de mídia programática e uma estratégia de veiculação muito mais pontual e imediata. Como exemplo, seria possível, sem grandes dificuldades, gravar e transmitir um filme de 30” sobre um evento esportivo idealizado e produzido poucos minutos antes, durante o acontecimento.
Agora é aguardar os próximos capítulos…